🏥 No Brasil, mais de 50 milhões de pessoas são beneficiárias de planos de saúde, sendo que boa parte desse número tem acesso a esses planos por meio de empresas que oferecem esse benefício aos colaboradores. Contudo, um desafio persistente no setor é o uso excessivo e, por vezes, imprudente desses serviços, o que resulta no cancelamento unilateral de contratos por parte das empresas.
✨ Para entender melhor esse panorama, conversamos com uma advogada e consultora jurídica associada à FenaSaúde.
🔄 Transformações no Mercado de Saúde O mercado de saúde no Brasil está passando por mudanças devido a fatores como o aumento da expectativa de vida e a crescente complexidade das doenças. Segundo a advogada, a longevidade é uma conquista, mas viver mais também implica em custos, como consultas, exames, medicamentos e as tecnologias médicas mais avançadas, todos impactando diretamente nos planos de saúde.
🩺 Uso Excessivo e Desafios Empresariais O uso desmedido dos planos de saúde, sem limites claros para consultas e procedimentos, é apontado como o principal motivo para o cancelamento unilateral por parte das empresas. A advogada destaca que o plano empresarial é uma complementação de renda, geralmente custeado integralmente pelo empregador. A necessidade de racionalidade nesse consumo se torna crucial, pois os gastos são compartilhados pelo fundo mutual, composto pelas contribuições de muitos.
👨⚕️ Auditoria Médica como Ferramenta A importância da auditoria médica para coibir excessos nos planos de saúde é enfatizada. O trabalho de avaliação, feito pelo médico da operadora, ajuda a garantir a necessidade real de procedimentos, contribuindo para a redução de custos. Essa lógica, no entanto, não se aplica aos casos de urgência e emergência.
💰 Reajustes: Reflexo do Mau Uso e Custos Elevados Os reajustes nos planos de saúde são apontados como reflexo tanto do uso inadequado quanto do aumento geral dos custos na área da saúde. A advogada defende a reflexão sobre o uso racional dos recursos disponíveis, sem pregar a diminuição de exames e procedimentos.
🔍 Revisão do Regramento da Saúde Suplementar A legislação que rege a saúde suplementar no Brasil data de 1998, e a advogada argumenta que é necessário revisá-la. Para isso, ela propõe um amplo debate com a sociedade brasileira, respeitando a base do mutualismo. Destaca a importância de pensar coletivamente e gastar com racionalidade para garantir a sustentabilidade do sistema.
🤝 O setor de saúde suplementar no Brasil enfrenta desafios, mas a reflexão, o uso racional e a colaboração entre todos os envolvidos são elementos-chave para moldar um futuro mais sustentável e equitativo para o setor.